terça-feira, 28 de setembro de 2010

QUAL SERÁ A SOLUÇÃO, PARA NOSSO POVO.

Aeroporto deixa famílias em São Gonçalo em situação de incerteza


Desde que começaram as obras do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, em 1996, que as 345 famílias da Comunidade Padre João Maria, área próxima ao terminal, sabem através de boatos que terão que sair das suas casas. O que a população não tem conhecimento é como, quando e para onde vai. A prefeitura de São Gonçalo afirma que tem um projeto pronto, orçado em R$ 19 milhões, para ser inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), mas não há data para começar as construções das residências, visto que o plano ainda não foi aprovado. Segundo o secretário estadual de Planejamento e Finanças, Nelson Tavares, quando o terminal estiver pronto, essas famílias deverão ter sido realocadas.

"As conversas por aqui é que vão desapropriar tudo. Ninguém sabe de nada. Não tem uma reunião. Quando a gente pergunta a alguém da prefeitura, eles dizem que é porque está na época de política", disse Sângela Suely. Assim como a donade casa, várias pessoas da Padre João Maria não conhecem o destino das suas casas. Eles moram em uma região que será considerada isofónica, (área de alcance dos ruídos das aeronaves) quando começar o movimento de aviões em São Gonçalo do Amarante, e precisam sair do local.

"Por mim eu não saio. Se for para receber uma indenização menor que o valor da minha casa eu não quero. E caso seja uma casa menor que a minha, eu também não quero", argumentou Suely, que mora no local há três anos com quatro filhos. Dilana da Costa lembra que algumas pessoas foram olhar o terreno do marido dela. " Mediram, mas também não disseram mais nada", relatou a moradora. A população também tem curiosidade para saber, caso eles ganhem novas casas, onde elas serão construídas. "Falam que vai ser aqui perto. Outros dizem que será no Regomoleiro", disse Dilana.

Sem infraestrutura

Os moradores da comunidade começaram a ocupar esse lugar há cerca de 30 anos. A terras foram doados pelo empresário local Firmíno Moura. Apesar do adensamento ao longo dos anos, o local praticamente não conta com infraestrutura urbana. O calçamento só existe em uma rua, as casas estão aglomeradas em terrenos mal definidos, existe apenas uma escola municipal, não há posto de saúde, a única opção de transporte coletivo são os alternativos, que funcionam até às 19h, e acima de tudo falta segurança. "Estamos abandonados de informação e também do resto. Falta principalmente segurança", reclama um morador.

Diante da falta de informação, muitas conversas surgiram a respeito da comunidade. Alguns moradores acusam o filho de Firmíno Moura, Felizardo Moura, de ter vendido as terras por R$ 3 milhões. "Ele disse que as terras foram doadas e por isso as pessoas não têm escritura de nada", acusou um popular. Além disso, surgiu um boato de que os moradores receberiam apenas R$ 6 mil de indenização.

Por Maiara Felipe, especial para o Diário de Natal.

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Marcos Imperial

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